Caminhoneiro é sequestrado e morre baleado durante troca de tiros entre polícia e assaltantes

Um caminhoneiro morreu após passar quatro dias internado no Hospital Instituto Doutor José Frota, em Fortaleza. A vítima, Enéas da Costa Silva, de 39 anos, foi sequestrado na quarta-feira (26), enquanto trabalhava no Bairro Canindezinho.

Enéas dirigia o veículo quando foi baleado durante troca de tiros da Polícia Militar com os suspeitos do sequestro. O roubo de carga ocorreu no km 9 da rodovia BR-116 sentido Fortaleza-Interior.

Sobre a ação da Polícia que atingiu o caminhoneiro durante a troca de tiros, o órgão afirmou que a equipe policial deu ordem de parada ao condutor, que não obedeceu. Segundo a Polícia, durante o acompanhamento, os suspeitos efetuaram disparos de arma de fogo contra a equipe, que precisou agir em legítima defesa. A ocorrência só terminou na rua Mário Batista com a rodovia CE-010, quando o caminhão colidiu contra um poste.

Ainda de acordo com a Polícia, na ação, um suspeito saiu do veículo atirando contra os policiais, fugindo em seguida. O outro assaltante foi capturado em posse de um revólver calibre 38 com quatro munições deflagradas.

No veículo, também havia um homem ferido, identificado como motorista do caminhão que transportava a carga tomada de assalto. A vítima foi socorrida para unidade hospitalar. O suspeito foi conduzido até a Delegacia Metropolitana de Aquiraz para os procedimentos legais.

Quatro dias internado e negligência

Familiares do caminhoneiro reclamaram de negligência por parte do Hospital Instituto Doutor José Frota. Um familiar disse que um segundo ferimento só foi detectado dois dias depois da entrada do caminhoneiro na unidade. A família reforça que houve negligência e o atendimento foi inadequado.

Sobre as complicações de saúde do caminhoneiro, a direção do hospital afirmou que foram realizados todos os esforços para a devida assistência do paciente, acolhido na emergência na quinta-feira (27), e durante a sua permanência no hospital.

"O hospital manifesta seu pesar, e solidariedade à família, acrescenta que, após análise do histórico de atendimento, não foi observada evidência de prática de negligência, imperícia ou imprudência. E disponibiliza a equipe multiprofissional para esclarecimentos aos parentes", afirmou.