Candidato a vereador que forjou o próprio sequestro desiste de candidatura

Ele foi achado amarrado com arame farpado, mas a Polícia Federal descobriu que o crime não era real.

02/09/2024 às 17h20
Por: Mário Almeida Fonte: G1/CE
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Candidato a vereador que forjou o próprio sequestro desiste de candidatura

 Eliomar Cardoso da Silvacandidato a vereador que forjou o próprio sequestrodesistiu de sua candidatura e também teve filiação suspensa pelo Partido dos Trabalhadores (PT) nesta segunda-feira (2). O caso aconteceu na cidade de Iguatu, que fica a cerca de 389 quilômetros de Fortaleza.

Ele foi achado amarrado com arame farpado e disse que havia sido sequestrado por organização criminosa. A Polícia Federal, no entanto, descobriu que o crime não era real. O candidato também confessou.

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Eliomar já aparece como 'inapto' no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e há um aviso de renúncia em sua candidatura. O documento de renúncia anexado no site e assinado por ele consta que Eliomar "desistiu por razões de saúde e necessidade de se dedicar a tratamento médico".

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Já o PT disse, em nota, que decidiu pela abertura de processo disciplinar contra Eliomar.

"De forma cautelar, o partido decidiu pela suspensão da filiação do candidato devido à gravidade dos fatos que, caso efetivamente confirmados, são condenáveis, sob todas as formas", apontou o partido.

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Eliomar Cardoso será indiciado por falsa comunicação de crime. Em nota, a Polícia Federal informou que o caso começou quando o candidato reportou o suposto crime às autoridades locais, afirmando que havia sido sequestrado por organização criminosa.

No entanto, a PF disse que desde o início das investigações "inconsistências foram notadas": "O candidato a vereador, que colaborou com as investigações, confessou aos agentes da PF ter forjado o crime.", disse a Polícia.

Candidato a vereador de Iguatu (CE) diz ter sido sequestrado por organização criminosa e polícia descobre que ele forjou o crime — Foto: Reprodução/Facebook

Agora, o candidato será indiciado por falsa comunicação de crime, conforme previsto no artigo 340 do Código Penal Brasileiro.

"A notícia se espalhou rapidamente, gerando grande repercussão nas redes sociais e na imprensa, com uma série de fake news alimentando a narrativa", traz a nota da Polícia Federal.

Ainda segundo o TSE, ele declarou R$ 155 mil em bens: um imóvel de R$ 120 mil e um automóvel de R$ 35 mil. Eliomar é servidor público municipal e técnico em enfermagem.

O Ministério Público Eleitoral afirmou, em nota, que solicitou à PF documentos sobre a investigação do caso e analisa se pede ou não a cassação da candidatura de Eliomar.

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