A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quinta-feira (5), 36 mandados de busca e apreensão no Ceará, São Paulo, Minas Gerais e Paraná contra suspeitos de tráfico internacional e comércio ilegal de aves silvestres.
No Ceará, a ação ocorreu nas cidades de Iguatu, Quixelô, Itapipoca, Crateús, Aracati e Forquilha.
Durante o cumprimento dos mandados, os agentes resgataram dezenas de aves que estavam em cativeiros, presas em gaiolas. Entre elas está uma arara-canindé.
As investigações, que levaram a Operação Aracê, tiveram início após a análise de dados telefônicos e telemáticos do aparelho celular de um investigado cearense, preso em flagrante em 2023, por envolvimento no comércio ilegal de animais silvestres.
Segundo a PF, foram identificadas diversas conversas relacionadas à venda ilícita de aves, inclusive em grupos de mensagens dedicados ao tráfico internacional, transporte e armazenamento de pássaros.
"Além de reunir provas para a conclusão do inquérito policial, a ação de hoje busca interromper os crimes ambientais em andamento, protegendo a fauna brasileira da exploração predatória. A repressão ao comércio ilegal de animais é fundamental para preservar a biodiversidade e evitar o impacto devastador que o tráfico de espécies pode causar aos ecossistemas", disse a PF.
Os crimes investigados pela polícia incluem maus tratos, tráfico internacional e interestadual de animais silvestres, associação criminosa, receptação, lavagem de dinheiro, além de outros previstos na Lei de Crimes Ambientais.
O nome da operação, "Aracê", vem do tupi-guarani e significa "aurora" ou "o canto matinal dos pássaros".
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