Uma vacina brasileira contra o câncer de próstata, criada pelo médico gaúcho Fernando Kreutz, começou a ser testada nos Estados Unidos esta semana.
Depois de 25 anos de estudos no Brasil, ela recebeu sinal verde da FDA, a Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos. O imunizante promete tratamentos individualizados.
"É uma caminhada de muita resiliência, de muito apoio de diversas partes. Para chegar onde a gente chegou, são literalmente centenas de pessoas que hoje estão trabalhando para isso", relatou o médico ao dominical.
Como funciona?
Primeiro, fragmentos do tumor do paciente são retirados. Em seguida, as células cancerígenas são expandidas e modificadas em laboratório. E depois, são utilizadas para ativar o sistema imunológico do próprio paciente.
Na última terça-feira (19), os primeiros 280 voluntários retiraram fragmentos do câncer de próstata para a pesquisa em solo americano. Caso tudo ocorra como o esperado, segundo o doutor Fernando, a autorização do registro da vacina pela FDA pode ocorrer dentro de dois anos.
A vacina possa beneficiar milhares de pacientes nos próximos anos. A expectativa é que os casos de câncer de próstata devem dobrar até 2040.
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