Virginia fez acordo polêmico com casa de apostas e lucra milhões com derrotas de fãs

Nesta segunda-feira (6), a revista Piauí lançou sua edição de janeiro, trazendo à tona uma reportagem polêmica sobre contratos de influenciadores com sites de apostas online. O destaque da matéria foi para Virginia Fonseca, que firmou, em 2022, um contrato com a empresa Esportes da Sorte. A negociação, revelada por um empresário envolvido, inclui um “cachê da desgraça alheia”, um esquema onde os influenciadores ganham 30% do que seus seguidores perdem em apostas, o que gerou repercussão nas redes sociais.

Segundo a reportagem, o modelo de ganhos funciona da seguinte forma: se um apostador acessa a plataforma pelo link de Virginia e perde R$ 100, ela recebe R$ 30. Em dezembro de 2022, a influenciadora recebeu um adiantamento de R$ 50 milhões pela parceria. Quando questionada pela revista sobre sua adesão a esse modelo, Virginia não respondeu. O contrato, além de gerar controvérsias, também foi apontado por especialistas como um fator que contribui para a “pandemia do vício” nos jogos de azar.

Virginia, com mais de 50 milhões de seguidores no Instagram, foi uma das principais responsáveis pela divulgação desses sites de apostas. Em janeiro de 2023, ela fez seu primeiro anúncio para a Esportes da Sorte e, em um único Story, atraiu 120 mil novos apostadores. Mais tarde, a influenciadora trocou de plataforma, assinando contrato de R$ 29 milhões por ano com a Blaze, outra empresa do setor também investigada. Outros influenciadores, como Gkay e Carlinhos Maia, também foram mencionados na reportagem, com ganhos mensais e anuais impressionantes, variando entre R$ 1,4 milhão e R$ 40 milhões.

A reportagem também revelou que outros famosos, como Cauã Reymond e David Brazil, assinaram contratos com empresas de apostas. Enquanto alguns artistas, como Ivete Sangalo e Taís Araújo, recusaram propostas milionárias, a pressão para aderir a esses contratos permanece forte. A situação gerou debates sobre os impactos das apostas nas redes sociais e a ética por trás das campanhas publicitárias, especialmente quando envolvem um público vulnerável.