
“Nossa ideia foi focar em pagar o abastecimento do hospital e a alimentação, que são os serviços essenciais. Não tem como pacientes, acompanhantes e corpo clínico estarem lá sem comida”, inicia.
“Depois, os profissionais. As pessoas têm que trabalhar e receber. Muitos colaboradores terceirizados recebem um salário mínimo, não têm lastro pra viver 3 meses sem receber”, acrescenta a superintendente.
Riane confirma que “lençol acabou mesmo”, e justifica que “a empresa trazia pouca quantidade, com medo de o hospital não pagar”. Porém, segundo a médica, a rouparia está reabastecida.
“Mas a gente precisa dizer às pessoas que cada paciente tem que pegar no máximo dois lençóis, senão falta pra alguém. Fazemos esse trabalho de conscientização”, observa.
Alta complexidade, alto custo
Os repasses estadual e federal ao IJF aumentaram, neste ano. O Governo do Estado ampliou o aporte mensal de R$ 6 mi para R$ 10 milhões, totalizando R$ 120 milhões por ano. Já o Ministério da Saúde aportou R$ 180 milhões ao IJF para 2025.
O orçamento total para funcionamento da unidade aprovado na Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano foi de R$ 729,5 milhões, 13% acima dos R$ 643,8 milhões previstos na LOA de 2024. Foi o maior aumento desde 2021, ano pandêmico.
“O hospital tem um custo bastante elevado pela alta complexidade. Isso faz com que os profissionais envolvidos tenham custo elevado”, explica a gestora.