A bancada do Partido Democrático Trabalhista (PDT) na Câmara dos Deputados deixou a base aliada do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Conforme a CNN, a decisão foi anunciada pelo líder da sigla, Mário Heringer (PDT-MG), após reunião entre os parlamentares da Casa nesta terça-feira (6).
À CNN, Heringer afirmou ainda que a decisão ocorre devido a uma insatisfação do partido com as perspectivas para as eleições de 2026. Contudo, o anúncio também vem na esteira da demissão de Carlos Lupi como ministro da Previdência Social.
Lupi era presidente nacional do partido e estava licenciado para atuar como ministro de Lula. Ele pediu demissão após repercutir o escândalo da fraude do Instituto Nacional do Seguro Nacional (INSS), que revelou um esquema de descontos indevidos que pode ter lesado pensionistas e aposentados em cerca de R$ 6,3 bilhões.
Segundo informações, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse respeitar a decisão da bancada do PDT na Câmara de deixar a base de apoio do presidente, mas afirmou que segue contando com o apoio do partido em votações prioritárias para o Governo.
Bancada no Senado ainda discute assunto
No Senado, o líder da bancada do PDT, Weverton Rocha (PDT-MA), acredita que acompanhar a escolha do partido na Câmara seria um "desembarque mais difícil".
O parlamentar afirmou que deve conversar, ainda, com as senadoras Ana Paula Lobato (MA) e Leila Barros (DF) sobre o assunto. Os três são os únicos representantes da sigla na Casa.
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