O conflito entre Israel e Irã entrou neste sábado (21) no nono dia, sem sinais de desescalada.
Em meio a ataques aéreos e trocas de mísseis, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou para o risco de que a guerra se torne incontrolável: "Acender um fogo que ninguém pode controlar". Ele pediu que todos os lados e possíveis participantes "deem uma chance à paz".
Guterres disse na sexta (20) que houve "momentos em que as direções tomadas moldarão não apenas o destino das nações, mas potencialmente nosso futuro coletivo". "Este é um momento e tanto", disse ele.
O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, alertou que ataques a instalações nucleares podem causar liberações radioativas com graves consequências dentro e fora do país atingido. Ele pediu "máxima contenção".
Saiba o que está por trás do conflito:
Contexto: A ofensiva começou na sexta-feira (13) e já deixou mais de 240 mortos e milhares de feridos, segundo balanços oficiais. Instituições independentes afirmam que o número real pode ser ainda maior.
· Nos últimos dias, Israel bombardeou alvos militares e nucleares em território iraniano, sendo acusado também de matar civis em ataques aéreos.
· Em resposta, o Irã lançou mísseis contra Tel Aviv, Haifa, Jerusalém e Beersheba.
O centro da disputa é o programa nuclear iraniano. Israel alega que o regime de Teerã está próximo de obter uma bomba atômica. Por isso, o governo de Benjamin Netanyahu diz que precisa neutralizar o que considera uma ameaça à existência de Israel.
· Entre os alvos dos bombardeios israelenses estão cientistas nucleares e membros da alta cúpula militar iraniana.
· Órgãos independentes indicam que parte da infraestrutura atômica do Irã foi danificada.
· No entanto, especialistas afirmam que Israel ainda está longe de pôr fim ao programa nuclear do Irã.
O governo iraniano prometeu retaliações mais severas e afirmou que Israel "pagará um preço alto". Enquanto isso, os Estados Unidos avaliam uma participação direta no conflito.
· Analistas apontam que uma ação americana poderia ampliar o confronto, trazendo mais instabilidade para o Oriente Médio — e com possíveis impactos na economia global.
· O Irã disse que pode atacar bases dos EUA no Oriente Médio caso os americanos atuem diretamente ao lado de Israel.
Mín. 20° Máx. 27°